O que é Hipertensão?
A hipertensão arterial ou pressão alta uma doença caracterizada pela elevação dos níveis tensionais no sangue. É uma síndrome metabólica geralmente acompanhada por outras alterações, como obesidade. Cerca de 20% da população brasileira é portadora de hipertensão, sendo que 50% da população com obesidade tem a doença. A hipertensão pode acontecer quando nossas artérias sofrem algum tipo de resistência, perdendo a capacidade de contrair e dilatar, ou então quando o volume se torna muito alto, exigindo uma velocidade maior para circular. Hoje, a hipertensão é a principal causa de morte no mundo, pois pode favorecer uma série de outras doenças
A pressão arterial é resultado de um produto:
Débito Cardíaco x Resistência Vascular Periférica.
Em outras palavras, quando houver um aumento no volume de sangue a ser ejetado, por exemplo quando os rins não funcionam normalmente ou quando o coração contrai de modo insuficiente, ou quando a freqüência cardíaca aumenta, isto é, o coração bate mais vezes por minuto para ejetar um determinado volume de sangue, ou quando a resistência oferecida pelas artérias para a passagem do sangue estiver aumentada, ocorre aumento da pressão arterial.
Outra possibilidade é as artérias de maior calibre perderem sua flexibilidade normal e tornarem-se rígidas, de modo que elas não conseguem expandir para permitir a passagem do sangue bombeado pelo coração. Assim, o sangue ejetado em cada batimento cardíaco é forçado através de um espaço menor que o normal e a pressão arterial aumenta.
A marca registrada da pressão alta é, em última análise, o aumento da resistência vascular. Isto pode acontecer, por exemplo, quando artérias muito finas (arteríolas) se contraem temporariamente devido à estimulação nervosa ou por hormônios presentes no sangue.
Como se mede ?
A pressão arterial é a pressão que o sangue exerce na parede das artérias. Ela é medida em milímetros de mercúrio.
Com esta medida, são determinadas duas pressões:
Máxima: Quando o coração se contrai, temos uma pressão máxima (sistólica)
Mínima: Quando ele se dilata, temos uma pressão mínima (diastólica)
A pressão arterial é transcrita com o valor da pressão sistólica seguido por uma barra e o valor da pressão diastólica. Por exemplo: 120/80mmHg (milímetros de mercúrio) – Lê-se: cento e vinte por oitenta.
Valor ótimo de pressão arterial: <120 x 80 mmHg (12 por 8)
Valor normal de pressão arterial: < 130/85 mmHg
Valor ideal de pressão arterial para pessoas com risco de diabetes e doença renal: <130 x 80 mmHg
Quando uma pessoa é considerada hipertensa?
Classificação da pressão arterial em adultos – quando as pressões sistólica e diastólica de um indivíduo são classificadas em diferentes categorias, a mais alta é utilizada para classificar sua pressão arterial. A pressão arterial ideal para a minimização do risco de problemas cardiovasculares situa-se abaixo de 120/80 mmHg.
Para a maioria da população, a pressão arterial deve estar abaixo de 140 e/ou 90mmHg, exceto para os diabéticos (<130/85 mmHg) e renais crônicos (indo até < 120/75 mmHg).
Quais são as causas?
Na maioria das vezes não conseguimos saber com precisão a causa da hipertensão arterial, mas sabemos que muitos fatores podem ser responsáveis.
Fatores externos:
- Hereditariedade: Recebemos a pré-disposição, que pode apresentar-se em vários membros da família.
- Idade: O envelhecimento aumenta o risco em ambos os sexos.
- Raça: Pessoas da raça negra são mais propensas a pressão alta.
- Peso: A obesidade é um fator de risco!
- Fatores Internos:
- Falta de exercício: A vida sedentária contribui para o excesso de peso.
- Má alimentação: pouco consumo de frutas e verduras e aumento do consumo de comida rápida
- Sal em excesso: pode facilitar e agravar a hipertensão arterial.
- Álcool: O consumo exagerado de compromete a pressão arterial.
- Tabagismo: é um fator de risco das doenças cardiovasculares
- Estresse: excesso de trabalho, angústia, preocupações e ansiedade podem ser responsáveis pela elevação da pressão.
E os sintomas:
Na maioria dos indivíduos a hipertensão arterial não causa sintomas, apesar da coincidência do surgimento de determinados sintomas que muitos, de maneira equivocada, consideram associados à doença, como por exemplo, dores de cabeça, sangramento pelo nariz, tontura, rubor facial e cansaço.Quando um indivíduo apresenta uma hipertensão arterial grave ou prolongada e não tratada, apresenta dores de cabeça, vômito, dispnéia ou falta de ar, agitação e visão borrada decorrência de lesões que afetam o cérebro, os olhos, o coração e os rins.Quais são as conseqüências?
Se não tratada, a pressão alta pode ocasionar derrames cerebrais, doenças do coração, como infarto, insuficiência cardíaca (aumento do coração) e angina (dor no peito), insuficiência renal ou paralisação dos rins e alterações na visão que podem levar à cegueira.Como faço o diagnóstico?
A pressão arterial deve ser aferida com o paciente na posição sentada, respeitando um período de repouso de 5 minutos. Medidas com valores iguais ou superiores a 140/90 mmHg são consideradas altas, mas não é possível basear o diagnóstico apenas em uma leitura. Muitas vezes são necessárias várias leituras para estabelecer o diagnóstico. Se a leitura inicial apresentar um valor alto, deve-se então, medi-la novamente, em seguida, mais duas vezes e, em pelo menos mais dois outros dias, para assegurar o diagnóstico de hipertensão arterial. As leituras não apenas revelam a presença da hipertensão arterial, mas também auxiliam na classificação de sua gravidade.Como é o tratamento?
A hipertensão arterial essencial não tem cura, mas deve ser tratada para impedir complicações.A menos que haja uma necessidade evidente para uso de medicamentos imediato, como no caso de pacientes com níveis de pressão arterial acima de 180/110 mmHg, a maioria dos pacientes deve ter a oportunidade de reduzir sua pressão arterial através de tratamento não farmacológico, por meio de medidas gerais de reeducação, também conhecidas como modificações no estilo de vida